sábado, 13 de junho de 2009

SIMONAL ETECETERA E TAL



O TEXTO ABAIXO, SEGUIDO DO MEU, É DO HISTORIADOR RODRIGO DE ABREU, COLEGA QUE ESTÁ SE ESPECIALIZANDO TAMBÉM NA UFF- TURMA K-HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA, EDIÇÃO 2009.
Pessoal,
Acabei de assistir o documentário "Simonal: ninguém sabe o duro que dei". Fiquei impressionado com a ascensão meteórica e a derrocada vertiginosa de um artista de tamanha envergadura. Como um cantor tão carismático teve seu nome praticamente apagado da história da música brasileira? Deslumbramento com a fama e a riqueza, prepotência e um certa ingenuidade no âmbito político - justo em um período tão conturbado - marcaram sua decadência. Além de engrossar as fileiras do exército, Simonal exaltou o país em plena ditadura e pediu que colegas do DOPS interrogassem seu contador devido a supostos desfalques financeiros. Foram uma série de fatos que tornaram verossímil a acusação de delação de colegas para os órgãos de repressão e serviram de prato cheio para o patrulhamento ideológico. A grande empatia com as platéias nos shows deu lugar ao ostracismo. O filme me fez lembrar os depoimentos do Barbosa, guarda-metas brasileiro culpado pela derrota para o Uruguai na final da Copa de 1950. O goleiro dizia que era ofendido nas ruas e tratado como um pária. Em setembro de 1993, 43 anos depois do "Maracanazo", Barbosa, a convite de uma equipe da BBC, tentou visitar os jogadores brasileiros na Granja Comary concentrados para a partida decisiva das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Parreira e Zagallo o impediram... Bem, para os historiadores fica uma bela reflexão sobre memória e história. Embora operem de maneiras distintas, parece-me que ambas são seletivas. Wilson Simonal que o diga. A meu ver, o documentário é imperdível. Abaixo, link para o trailer. SIMONAL - Ninguém sabe o duro que deihttp://www.youtube.com/watch?v=wQER5RBU6n4 Um abraço,Rodrigo. P.S.: Antes de assistir o filme, conhecia vagamente o Simonal como dedo-duro e não fazia a menor idéia da sua obra.
Um abraço,Rodrigo.
P.S.: Antes de assistir o filme, conhecia vagamente o Simonal como dedo-duro e não fazia a menor idéia da sua obra.
RODRIGO E AMIGOS,

Vou ver o filme. Era muito novo " pra algo mais de memória" . Lembro que a minha mãe , devia ter uns 6 anos, não me deixou chutar uma lata. Dizia que podia ter uma bomba colocada por "UM TERRORISTA". Que clima!A gente bebia um gingereo e partia pra bicar a lata. Logo recibia umapito!... e a gente estava em impedimento, sem estar! Cada uma...

O Fato é qua a gente escolhe as amizades! ERA AMIGO de um garotoque tinha grana, mas era de boa família e tudo, não se sabia "se haviaprestado algum favor" ou "sido cooptado"... a gente poderia saber maisdetalhes aos 7anos!

Numa época de polarização "nem vem que não tem", é um crítério que precisa ser usado, para vida ou para morte. A gente escolhe viver, mas pode tentar viver longe de associações, aquelas que embassem a imagem . Parece que a gente é julgado há todo momento. UMA TRADIÇÃO DO DIREITO ROMANO E DA HERANÇA CRISTÃ ou dos dois, quando simplificados na hipocrisia social da nossa "sociedade mão dupla": minipulada e manipuladora.

O Simonal pode ter sido vítima de racismo, muito forte no país. Pode ter sido vítima, por ter sido bem sucedido, por exemplo. Simpático, comunicativo, carismático, talentoso... Jair Rodrigues também era,continua... Os dois, como personalidades desse tempo de festivais, eram imbatíveis comunicadores!
O SIMONAL pode ter sido apontado, "dedo duro", estando na hora e no lugar errado. Pode. Mas o fato de perder dinheiro para um suposto canalha contador(sem generalizações a lavagem que a categoria acaba'"tendo que fazer", Chi... PC FARIAS, relatórios de filantropia ,sujeirada desse tempo de lavagem...), poderia "sair na urina", de quem perde a grana. Já ouvi muita gente boa, dizer que sabe que está perdendo...mas perde para "não ser roubado( mais) por outro mais ladrão" . Eles chamam isso de tolerância, vê se pode? Santa receita federal rogaí por nós, que precisamos da boa aplicação dos recuros!!!QUANDO CHEGAM....sem maquiagem....UM ESCÁRIO!!!!!

Já o patrulhamento,"muito compreensível", "muito típico de uma esquerda esfacelada e etecetera" que nem podia falar, pois estava presa e torturada ou morta(morto não fala), falava por outras bocas...ENTÃO, vamos ouvir a voz não atravessada de "MARC BLOCH"(tentar comprender como as coisas se davam naquele tempo da lata, a outra...), deve ser um caminho para compreender o papel as oposições ao regime, diante do fato da "ajuda" dos agentes do DOPS. Leia-se "agentes da repressão" .

No mínimo, um grande talento, estava fora do contexto pedindo ajuda para agentes que não andavam nada dentro do ESTADO DE DIREITO(QUEBRADO COM O ai-5).. oh! Queria ser honesto, não tinha em quem confiar e...chamou a "a lei fora da lei" , aiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiai!!!!para dar uma dura no contador, que podia estarr certo, afinal "das contas".
Quem sabe, não seria melhor chamar uma auditoria? Um serviço prossissional legalizado e ...que certifica as causas com objetividade, nem dói. O ativo, o passivo... acaba aparecendo abufunfa...com todo respeito contábil!
Doeria menos essa ferida, CERTAMENTE... o ostracismo, um conceito lá da antiguidade, ficaria por lá mesmo. MPB anacrônica, má...multis gravadoras... indústria cultural.... assim dessa maneira....a condição humana é mais uma vez exposta., onde não há humanidade alguma com quem quer seja, menos ainda se não tem herança de pai artista famoso, jornalista, juiz, advogado, médico e pode revisar a memória sem maoires consequências.
Que se abram todas as cadabras, para que num futuro não tã póximo, possamos escrever este período sem grandes paixões! ARQUIVOS DA DITADURA...
Como dizia um cara que gosto bem mais...20 ANOS DE PASSAGEM....eterno Rauzito!!"EU TAMBÉM VOU RECLAMAR", por enquanto...
Saudações, numa história que continua...ainda bem........
Eduardo
p.s o termo "patrulha ideológia" é título de um livro, coletânea de capa vermelhinha...lembro que muita gente que "estava desbundando', como se dizia, andava com ele em baixo do braço nos final do 70.
Todos já viviam no maior sufoco, sexual também(a revolução sexual dos anos 60, na prática, nem sinal...), tanta caretice da formatação(preconceitos eo divórcio...só em 1979), que o livro foi uma biblia(heresia boa...),que revelava festas, amores e as incertezas do marxismo vulgar.
Quem viveu, sente saudades, pois a cultura era a do debate, das peças, do cinema 'dos textos', que nos desfiavam a viver e deixar viver, "porcos com asas", como no texto e na peça de MARCO LOMBARDO RADICE, FELIZ ANO VELHO E FELIZ ANO NOVO, mais conhecidos e também muito lidos e debatidos. Que rachas!.. em todos os sentidos alumbramentoos!!!
A SACANAGEM, a outra, com o goleiro BARBOSA, pobre, negro e cruxificado, parece típico de ''um traço DE CRUELDADE" da nossa sociedade em relação aos que falham e por isso não merecem respeito. Os presos amontoados, os sem tetos e terras, o cara que dorme em frente ao BANCO na calçada fria." Fracassados que não agarraram as chances que tiveram". Deixaram a bola passar". O goleiro, nem se fala, levei cada bolada nessa profissão maldita, "ONDE PISA NÃO NASCE GRAMA"-ALGUÉM DISSE. Neném Prancha... Típico de uma sociedade de craques.