sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"APRESENTAÇÃO DAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS"

"APRESENTAÇÃO DAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS"

Alguns pontos de vista

Ainda que de modo factual(a base factual é a essência do texto em questão),procurei expor o texto abaixo como uma chance de revisão e síntese.

As devidas aspas que coloquei são para chamar atenção para a necessidade de aprofundamento do estudo e com todo cuidado, com a atenção para "as generalizações da história", que também estão nos livros didáticos- que podem parecer com as grandes ENCICLOPÉDIAS-, vale, assim mesmo, fazer a leitura do texto que reproduzo abaixo.

OS AUTORES são os professores José Jobson A. ARRUDA de Nelson Pilett.

O texto, pequenino, foi retirado da abertura da UNIDADE X- AS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS P. 251. do livros dos autores citados acima denominado de 'Toda A HISTÓRIA- história geral e história do Brasil, Editora Ática(guia do professor) .

Um aviso importante: não abomino completamente o uso de guias didáticos, nem muito menos a divulgação da HISTÓRIA em bancas de jornais(mesmo que englobe grandes períodos), pois não temos no nosso país uma intenção muito clara de instrução permanente para leigos. Ao contrário do que ocorre em países europeus, como a FRANÇA.

Sendo, que admiro por isso e sempre defendi, o PENINHA(Eduardo BUENO), que abiu um horizonte imenso para a divulgação da nossa surrada história, que antes nem contava com material de divulgação para grandes públicos. Além dele ter traduzido parte significativa dos livros da beat generation(meu objeto de estudo na Especialização) e de ter sacudido, um bocado, a arenosa situação relativizada pelas comemorações dos 500 anos do Brasil em 2000.

Naquele momento quando parece que a televisão "descobriu" ou "inventou" o BRASIL, com matérias de arrepiar e a instalação de um cronômetro gigante no sul da BAHIA, que contava num relógio digital a contagem do tempo, quando chegamos "a marca histórica de um número redondo", foi grande o interesse e continua.

Um outro fato, que precisa ser enfrentado, é que a história "feita", escrita, por não historiadores tem gerado alguma insatisfação no meio. Coisa que abomino! Assim como acredito, que a ocupação de historiadores nos meios de comunicação é um avanço profissional no nosso campo e para o campo social com efeito.
E.A

P.S. 1
O livro dos professores FALCÓN E GERSON MOURA- A FORMAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO- indicado aqui( VER '' a boa dica"), vale a aquisição pelo custo e pela alta qualidade do conteúdo explorado e, pela discussão dos problemas relativos a problemática da periodização em história, generalizações e outros conceitos, que acabamos por repetir distraidamente para além do bem e do mal. Ele servirá para estabelecer uma diferenciação de abordagem em relação aos livros didáticos e aos panoramas mais específicos.

P.S. 2
EM BREVE uma Boa DICA nova, explorando um pequeno livro de um grande intelectual, RÉGIS DEBRAY(um livro de instrução para as massas, ou leigos), que comprei ontem na livraria Leonardo da VINCI.

A LIVRARIA LEONARDO DA VINCI, tem cheiro e charme muito próprio e, que está incorporada a minha pele desde que desci a rampa no número 185(sub-solo), da Rio Branco, ainda guri levado pelos braços da minha mãe que por ali pagava o aluguel de uma casa que ocupávamos no Méier.

Pena que o laginho e os peixes só nadam agora na minha cabeça e a velha avenida não permita poesia alguma, sem que se fique com um olho no padre e o outro na missa .



"APRESENTAÇÃO DAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS"(uma excelente síntese)


As revoluções americana e francesa constituíram o último ato de um drama que começou a ser encenado muito antes do final do século XVIII . Um drama cuja origem remontam à formação dos estados nacionais, às grandes navegações e a expansão do ''capitalismo mercantil", que modelou pela primeira vez um mercado mundial. Até então, a humanidade nunca passara por tantas e tão rápidas transformações.

A esse período de mudanças convencionou-se a denominar de "modernidade".


Se fôssemos fazer um balanço dessa época da qual somos herdeiros, poderíamos ser tentados
que ela foi uma era de guerras, conquista de novos territórios , conflitos religiosos, autoritarismo político, escravidão e formação de grande impérios coloniais. Ela foi tudo isso, sem dúvida.
(...) a Reforma Protestante e as guerras de religião estão na origens da época moderna.
(...)é igualmente certo que o absolutismo monárquico do Estado nacional implicou formas extremamente autoritárias do exercício do poder político. Mas foi no interior desses Estados que se formou um novo princípio de cidadania.

No século XVII, a teoria do absolutismo monárquico já admitia, com THOMAS HOBBES(ver índice no blog), que os homens nascem livres e iguais.

No século XVIII, essa formulação deu lugar à luta pelos direitos naturais, defendidos pelos filósofos(ver blog) como verdadeira arma contra o autoritarismo "do Príncipe".

A idéia de que todo indivíduo é portador de direitos naturais, inalienáveis, a ele concedidos pelo Criador ou pela Natureza,revelou ser uma força irreristível no Século das LUZES. "Não seria mesmo exagerado dizer que ela removeu montanhas, ao contribuir para a formulação, nos dois lados do atlântico, de uma opinião crítica que empolgou multidões e provocou, na América, o fim da dominação inglesa, e na França a queda do absolutismo. E que promoveu em ambos os casos, o gosto pela liberdade" .

Pois esse é o maior legado da modernidade. Um novo tipo de Estado. o Estado de Direito, regido por uma por uma Constituição livremente estabelecida. Uma nova forma de organização política, a democracia representativa. Um novo conceito de liberdade e cidadania. Com suas declarações de direito do homem e sua formas de exercício do poder, "as revoluções americana e francesa foram o último ato da era moderna e o primeiro da idade contemporânea". (...) abrange todo o período histórico que vai das revoluções de fins do século XVIII até os nossos dias.
Arruda e Piletti.