quarta-feira, 27 de outubro de 2010


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CONTROL C

Ctrl camaradagem...

Concretamente Coletivo:

contra crime calmaria culpa
caótica cena ...

cole crepúsculos
copie camaradagem

cuspa kapitalism!

compartilhe
cabeças canções cinema...

conspire!

consubstancialmente.


EA
P.s: cidadão completamente contemporâneo carioca-chileno casualmente ...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

COMPARTILHAMENTO

Olá pessoal!

'Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar"... Leila Diniz...


Já manifestei a minha opinião de compartilhamento das obras.

Compartilhamento mesmo!

Tudinho "escaneado" e, em anexos para todos!

Enviei um email falando do assunto e propondo a circulação das obras para além de Barbacena. Fomentando discussões no eixo do entorno da cidade e além mar...né Cris? ...que me respondeu e Maristela, que ficou de ver com "o super- Alex" ! ...e então?

Acabei despertando uma discussão! Toda ela muito boa, respeitosa e útil!

É claro que preferia ter os livros. Ter?... ser?

Embora, o espaço que cada um tem para guardar...
É bom e necessário doar livros e tudo!

As idéias devem circular sempre! ...já é tão raro encontrar seres inquietos! ..o custo social, chi!!!!
VOLTANDO aos livros...
Até por que o privilégio é de quem tem dinheiro para comprá-los, certo?...meus caros e invendáveis amigos!
Olha, que não estou falando só de obras literárias não! As obras acadêmicas, as de arte e técnicas custam uma fortuna! A gente repassa-as quando tem a oportunidade de ter a obra em livro(produto).

Acredito que seja assim...
Lá num passado distante, lembro que a gente comprava por um cruzeiro dicionários de inglês, francês e gramáticas produzidas pelo MEC. É! ...um país distante de sensações impagáveis!
O mercado, é claro, que tem alternativas: feiras, promo......mas, ainda assim, o produto livro, principalmente os lançamentos, são caros!
Há um cadeia de chorões: os livreiros, as editoras,,,há sim, os autores(pobres diabos), que não levam nada ou muito pouco....salve aqueles que vendem no exterior(best...) ou se tranformaram em medalhõs com pro-labore garantido.Uma penca boa, que até ganha direito de imagem...

O livro importado, é outra história...o livreiro tem razão!
Então, é que se discute agora: para que serve a propriedade intelectual em meio ao novo modo de produção que se apresenta? Leia-se: internet...e o google?

O que vocês acham que faz?
Bom, vou dizer, ninguém sabe agora bem o que vai rolar...
Está acontecendo um debate.

Ainda bem! Aqui no Rio semana passada rolou um...inconcluso. Pois as formas de leitura, de distribuição e circulação também mudaram.
Enquanto isso...
Lembrando que os ingleses criaram(inventaram) a sua navegação corsária sem compartilhar nada do que "REALMENTE ROUBAVAM" mares adentro e fora do eixo dos súditos da rainha... o lema é: compartilhamento em todos os níveis!
Aceito cópias sim!
Não vendo nada. Nem deveríamos copiar(xerox). Penso. Entendo outra posição.

O meu interesse é pesquisa e a circulação de idéias via internet e ao vivo, quando possível...o que deve encontrar eco!
Teremos que votar?
...ou compartilhar é uma opção pessoal?

Abraços compartilhados!
Eduardo.
p.s;
conheço alguns escritores que não levaram nada além de algum prestígio(divulgação) das editoras. Ainda que a circulação continue braba! Melhoras?... só via internet!

P.S 2:
Vejam que engraçado, pegando carona na frase do Sivuca:
"poeta bom é poeta morto"! A ACADEMIA BRASILEURA DE LETRAS- ABL em parceria com a poderosa FETRANSPOR-Federação das empresas ônibus, espalha cartazes de poemas de poetas mortos nos ônibus daqui...o domínio público é bem vindo!.

E os poetas contemporâneos? Gostaria de ver os meus sustos circularem!
Não cobraria, é claro!
Vi uma experiência assim em Porto Alegre! GENIAL!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dilma à vitória! !

Um sinal de alerta está neste momento ligado!

A expressiva votação de Marina é um alerta para as forças que sustentam o fogo do lado da luta histórica do povo brasileiro!
AQUI no Brasil não há meios tons! Todo cuidado é pouco com as elites políticas! Pois elas encontrarão um modo de complicar a vitória!
Mais: A América Latina inteira deve estar apreensiva com a chegada de Serra ao segundo turno.
Dilma à vitória!

Derrotar Serra já!

Leonardo Boff:

Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT

30.08.10 – BRASIL
Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT

Leonardo Boff *, no Adital

Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico, a grande imprensa comercial.
Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, “capado e recapado, sangrado e ressangrado”.
Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis.
São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo.
Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: “façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente.
Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”.
Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. O “Fome Zero”, depois o “Bolsa Família”, o “Crédito Consignado”, o “Luz para Todos”, o “Minha Casa, minha Vida, o “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas Profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.

Mas essa derrota infligida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.

Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil.
O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.

Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.

Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Celso Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): “Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano.
Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-Nação” (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
[Autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000)].