terça-feira, 2 de junho de 2009

A CULTURA DA PROBREZA E A POBREZA DA CULTURA (I)

Legenda:Um ótimo material sobre a malandragem,
"A ópera do Malandro, de CHICO BUARQUE)

DIANTE MÃO VOU AVISANDO QUE ESCREVO LIVREMENTE, sem querer ofender ninguém, nenhuma pessoa ou instituição, credos e cristalizações de cunho pessoal. Mas chateia ficar ouvindo a mesma choradeira de sempre. Gente que fica reclamando que "não tem nada por ser perseguido ou esquecido", ou por não querer "se meter em nenhum esquema político" ou por "não querer estar fazendo nada para ninguém, que tem dinheiro sabe-se lá como, ou " QUE MUDANÇAS", que são conquistadas num processo histórico de muita luta e suor, que não ocerrem...como se estivéssemos ainda nas condições do séc. 19.

Também é esquecida por essa gente iluminda e incompreendia "PELO SISTEMA"(Deus o que será esse tal sistama?!!!), genial mesmo, que a criatividade é a única moeda que o povo tem para SOBREVIVER(além do esforço). Com cada vez mais inventivamente, "HERÓIS ANÔNIMOS" surprendem . Ah, sim e mais: que a gente precisa rebolar muito para encontrar um jeito de sobreviver, muitas vezes ciente da mais- valia aplicada impeidosamente. MAS... nem por isso JUSTIFICA-SE A IMOBILIDADE ou o inconformismo dos puros, não querendo partilhar das soluções para si mesmos. Como dizia o velho Raul " TENTE OUTRA VEZ" e " NÃO PARE NA PISTA É MUITO CEDO PRA VOCÊ SE ACOSTUMAR" Coisas que muitos amigos parecem entender, mas não praticam, infelizmente...

Tudo bem que as tradições culturais existem, a religiosa, serve como exemplo: "DAI A CESÁR O QUE É CESÁR", O REINO DE MEU PAI NÃO É AQUI" , ETECETERA... Na justificativa da cultura, há também a ideia de que "todos os pobres são honestos" , "o intelectualidade toda está comprada e cabe no bolso do mercado". ARRE! Com o dizia o Pessoa, Estou farto de semideuses!!! Por ai vai...Tem aquela história da sitação do "talento injustiçado", da "busca de um reconhecimento que nunca chega", "a invisibilidade do artista pobre, perseguido". Para este mal a vida de VITALINO poderia servir de antídoto, já que genialidade não escolhe berço. Mas deixa pra lá... (CONTINUA)

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