sexta-feira, 31 de outubro de 2008

CADERNO DE SARAMAGO PONTUAL!


http://caderno.josesaramago.org/2008/10/28/novo-capitalismo/
REPRODUZO ABIXO O MANISFESTO QUE ESTÁ NO BLOG DO JOSÉ SARAMAGO. ESTAMOS ESPERANDO AS MANIFESTAÇÕES DS INTELECTUAIS BRASILEIROS- DESENTOQUEM!!!


“Novo capitalismo?”

Chegou o momento da mudança à escala pública e individual. Chegou o momento da justiça.
A crise financeira aí está de novo destroçando as nossas economias, desferindo duros golpes nas nossas vidas. Na última década, os seus abanões têm sido cada vez mais frequente e dramáticos. Ásia Oriental, Argentina, Turquia, Brasil, Rússia, a hecatombe da Nova Economia, provam que não se trata de acidentes conjunturais fortuitos que acontecem na superfície da vida económica mas que estão inscritos no próprio coração do sistema.
Essas rupturas, que acabaram produzindo uma contracção funesta da vida económica actual, com o argumento do desemprego e da generalização da desigualdade, assinalam a quebra do capitalismo financeiro e significam o definitivo ancilosamento da ordem económica mundial em que vivemos. Há, pois, que transformá-lo radicalmente.
Na entrevista com o presidente Bush, Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, declarou que a presente crise deve conduzir a uma “nova ordem económica mundial”, o que é aceitável, se esta nova ordem se orientar pelos princípios democráticos – que nunca deveriam ter sido abandonados – da justiça, liberdade, igualdade e solidariedade.
As “leis do mercado” conduziram a uma situação caótica que levou a um “resgate” de milhares de milhões de dólares, de tal modo que, como se referiu acertadamente, “se privatizaram os ganhos e se nacionalizaram as perdas”. Encontraram ajuda para os culpados e não para as vítimas. Esta é uma ocasião única para redefinir o sistema económico mundial a favor da justiça social.
Não havia dinheiro para os fundos de combate à SIDA, nem de apoio para a alimentação no mundo… e afinal, num autêntico turbilhão financeiro, acontece que havia fundos para que não se arruinassem aqueles mesmos que, favorecendo excessivamente as bolhas informáticas e imobiliárias, arruinaram o edifício económico mundial da “globalização”.
Por isto é totalmente errado que o Presidente Sarkozy tenha falado sobre a realização de todos estes esforços a cargo dos contribuintes “para um novo capitalismo”!… e que o Presidente Bush, como dele seria de esperar, tenha concordado que deve salvaguardar-se “a liberdade de mercado” (sem que desapareçam os subsídios agrícolas!)…
Não: agora devemos ser resgatados, os cidadãos, favorecendo com rapidez e valentia a transição de uma economia de guerra para uma economia de desenvolvimento global, em que essa vergonha colectiva do investimento de três mil milhões de dólares por dia em armas, ao mesmo tempo que morrem de fome mais de 60 mil pessoas, seja superada. Uma economia de desenvolvimento que elimine a abusiva exploração dos recursos naturais que tem lugar na actualidade (petróleo, gás, minerais, carvão) e que faça com que se apliquem normas vigiadas por uma Nações Unidas refundadas – que envolvam o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial “para a reconstrução e desenvolvimento” e a Organização Mundial de Comércio, que não seja um clube privado de nações, mas sim uma instituição da ONU – que disponham dos meios pessoais, humanos e técnicos necessários para exercer a sua autoridade jurídica e ética de forma eficaz.
Investimento nas energias renováveis, na produção de alimentos (agricultura e aquicultura), na obtenção e condução de água, na saúde, educação, habitação… para que a “nova ordem económica” seja, por fim, democrática e beneficie as pessoas. O engano da globalização e da economia de mercado deve terminar! A sociedade civil já não será um espectador resignado e, se necessário for, utilizará todo o poder de cidadania que hoje, com as modernas tecnologias de comunicação, possui.
Novo capitalismo? Não!
Chegou o momento da mudança à escala pública e individual. Chegou o momento da justiça.
Federico Mayor Zaragoza
Francisco Altemir
José Saramago
Roberto Savio
Mário Soares
José Vidal Beneyto

UM SENTIDO


"UM SENTIDO HISTÓRICO PARTICULAR PESQUISADO
E INTERPRETADO É UM CAMINHO PARA A FELICIDADE DE TODOS'' !
EA

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

LANÇAMENTO CHEGANDO....

Estarei lá conferindo o lançamento no dia 04 próximo. O livro teve a organização do Adriano e de outros amigos da UERJ. IMPERDÍVEL!

TEMPO NEGRO, TEMPERATURA SUFOCANTE
ESTADO E SOCIEDADE NO BRASIL DO AI-5


Organizado por Oswaldo Munteal Filho
ADRIANO de Freixo
jaqueline Ventapane Freitras

TERÇA., 04/11 19H
LIVRARIA ODEON


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PETER BURKE SABE DAS COISAS


Logo que iniciou o Outubro participei de uma verdadeira aula de erudição com Peter Burke em pessoa.

A maior novidade, além dele falar por quase duas horas sem consultar uma linha de disrcurso, foi a transmisão sumultãnea para o português.

Abaixo a matéria Publicada no site da ECO UFRJ para quem perdeu o imperdível historiador.

EA




Encontros Acadêmicos

Peter Burke comanda viagem pela história da Comunicação

FELIPE DE CARVALHO
Estagiário de Jornalismo FCC/UFRJ

O seminário internacional Comunicação e História, que propôs a análise das tensões e articulações entre esses dois campos, convidou para a palestra de abertura o renomado professor Peter Burke (foto). Formado em História pela Universidade de Oxford, ele foi apresentado pela professora Ana Paula Goulart como um “interlocutor fundamental nos estudos relativos à cultura”.

Foto: Eneraldo Carneiro

Após agradecimentos, Burke iniciou apresentação rica em detalhes sobre a história da Comunicação. Citando eventos ocorridos em diversas partes do globo, o professor mostrou o sucesso da dominância de quatro sistemas: oral, escrito, impresso e eletrônico. Além de apontar conseqüências dessa série de revoluções na comunicação, Peter Burke argumentou que os novos meios não anulam os antigos, eles competem, interagem e se misturam.

Começando pelo sistema oral, o historiador fez referência ao poeta grego Homero e, baseado em pesquisas, afirmou que a Odisséia e a Ilíada podem ter sido compostas oralmente. Burke também ressaltou a importância da comunicação oral na esfera religiosa. O Corão - livro sagrado do Islã - significa “recitação” e desde a infância os muçulmanos o declamam em voz alta. Já os Vedas – textos sagrados do Hinduísmo – por muito tempo foram transmitidos apenas oralmente, pois não era permitido que fossem escritos. Outras instituições culturais que valorizavam o intercâmbio oral eram os cafés, na Europa, e as casas de chá, na China, locais onde era praticada a arte da conversação.

Para contar o surgimento da escrita o professor citou os hieróglifos egípcios, os ideogramas chineses, os pictogramas maias e a escrita cuneiforme babilônica. Inclusive esta última, que data de 3 mil a.C, foi realizada em tábuas de argila, material durável que preserva os arquivos até hoje. Por outro lado, o papiro e o papel não possuem tanta durabilidade, mas são de fácil transporte, ao contrário das pesadas tábuas. Burke ressaltou que esses dois tipos de suportes serviam a lógicas culturais distintas. Enquanto a argila se liga a formas religiosas de organização que pretendem preservar tradições e manter vínculos com o passado, o papel favorece a comunicação rápida, estabelecendo relação com o espaço e não com o tempo.
Peter Burke, Micael Herschman e Ana Paula Goulart Foto: Eneraldo Carneiro

A escrita teve reflexos profundos nas religiões, possibilitando a ascenção e disseminação das escrituras, e na política, favorecendo o surgimento de documentos ligados à organização burocrática e democrática do Estado. Peter Burke também comentou estudos que indicam a relação do alfabeto com o pensamento abstrato e com a atitude crítica em relação às idéias.

De acordo com Burke, a revolução que deu origem a imprensa não foi mérito exclusivo de Gutenberg, pois na China e na Coréia já haviam tipos móveis de impressão. A diferença é que na Europa a imprensa se tornou um empreendimento livre e comercial, impulsionado pela grande oferta de papel e pela demanda crescente por leitura. Dentre outras conseqüências, essa revolução ajudou a padronizar línguas, minou monopólios de conhecimento e incentivou críticas e revoltas contra governos e instituições.

Ao discorrer sobre a última era, a “idade elétrica”, Burke identificou cinco estágios: telégrafo, filme, rádio, TV e internet. O primeiro funcionou como auxílio da imprensa e aumentou a velocidade da informação. O filme e o rádio incentivaram o retorno da oralidade e da imagem. No caso do rádio, por exemplo, muitos governantes como Roosevelt, Hitler, Getúlio Vargas viram a oportunidade de angariar apoio popular por meio de discursos e programas. Este veículo também favoreceu a padronização da língua falada, assim como a imprensa fez com a escrita.

Já a TV combinou vantagens do filme e do rádio e, portanto, é capaz de disseminar notícias e de contar histórias. Como possui alcance doméstico e internacional difunde estilos de vida em escala equivalente ao cinema.
Foto: Eneraldo Carneiro

Com a chegada da internet, deixa de vigorar o “Estado do papel”, pois os arquivos passam a ser armazenados em mídias digitais. Burke observou também que os novos meios interativos do espaço virtual se aproximam da era da oralidade e do manuscrito, pois para escribas e poetas era fundamental a interação com o público. O professor enxerga nas mídias digitais tanto a oportunidade de uma “ciberdemocracia” quanto o risco de uma “ciberditadura”.

Burke encerrou a conferência dizendo que “temos que nos ajustar as mudanças, e é isso que estamos tentando fazer hoje com este seminário”. Após fornecer rico panorama, o professor inglês fez ainda um esforço para ler e responder em português as perguntas do público.

O pesquisador, que possui mais de 30 livros publicados - muitos deles referências para estudantes de Comunicação -, disse que “tenta transmitir o conhecimento através de todas as diferentes mídias porque cada uma atinge de um jeito diferente”. Não é á toa que Burke participou da conferência oral com a mesma boa vontade com que autografou livros de sua autoria.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

HÁ 30 ANOS A DITADURA ARGENTINA QUASE CAIA


30 mil desaparecidos



Qual seria o resultado para a ditadura mais sangrenta do cone sul caso a seleção de futebol argentina tivesse perdido para a Holanda na grande final da copa do mundo de 1978? Há 30 anos a Ditadura governada pela junta militar que assassinou 30 mil opositores respirou aliviada pelo resultado de 2x1. Fundamentalmente, o futebol sempre foi ultilizado pelo poder, seja ele qual for. Mas especificamente, no caso argentino, a junta teve uma sobrevida impulsionada pela conquista do mundial. O que acabou não ocorrendo após 1981, quando a derrota no campo de batalha real entre ingleses e argentinos, que disputaram as Malvinas-Falklands, enterrou de vez a segunda tentativa de sobrevida do regime. O argentinos perderam a guerra e a junta caiu.
O trabalho investigativo de muitos jornalistas e historiadores pode estar mudando o jogo da cena montada para a vitória argentina. Tuda a história do mundial volta a ganhar força após 30 anos. Aparecem indícios de suborno, uso de drogas, ligações da junta com o narco- tráfico(cartel de Cali)e de fatos que estiveram incobertos pela ditadura. Um deles dá conta de uma visita de VIDELA ao LADO DE KISSINGER ao vestiário da equipe do Peru. O Peru perdeu de 6x0 num jogo muito supeito, que pejudicou as pretensões do Brasil de chegar a final.
EA
p.s;ontem no OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA-TVE. o lendário ALBERTO DINES investigou os fatos ocorridos durante o mundial de 1978. Um trabalho primoroso!

UMA LEMBRANÇA.

Batalha de Rosário completa 30 anos

por Frederico Soares, foto de Eurico Dantas

Quando a bola rolar na noite desta quarta-feira para Brasil e Argentina, estarão completando exatos 30 anos de uma partida que se tornou quase sanguinária. Tão violenta que ficou conhecida como Batalha de Rosário. O jogo foi válido pela segunda fase da Copa do Mundo de 78. Após 90 minutos de pancadaria, o empate em 0 a 0 deixou a seleção brasileira com esperança de ir à final.

— A seleção deles entrou em campo disposta a nos incomodar. O primeiro lance do jogo foi um chute do Luque no Batista. Isso mostrou como seria a partida — lembrou o zagueuiro Oscar.

Sob o atento olhar do ditador argentino de plantão, o general Jorge Rafael Videla, o árbitro húngaro Karoly Palotai fazia vista grossa para as botinadas dos argentinos. A reação dos brasileiros não poderia ser outra: responderam na mesma moeda.

— Quando vi que o árbitro nada faria, resolvi agir do meu jeito. E aí tive de bater também — disse Oscar.
A primeira vítima de Oscar foi Luque. Depois, foi a vez de Ortiz sentir as travas da chu$do brasileiro. Nada, porém, que amenizasse a violência da seleção argentina.

— Eles queriam ganhar o jogo na base da intimidação. Mas não aliviamos também — disse Roberto Dinamite.

A partida seguia tensa, onde a marcação prevalecia. E poucas chances eram criadas. Na melhor delas, ainda no primeiro tempo, o grandalhão Luque levou uma cotovelada de Oscar antes de cruzar a bola para a conclusão errada de Galván.

Apesar das entradas duras de Oscar e de Chicão, Luque não tomava jeito. O truculento argentino Batista foi outro a mostrar seu repertório de violência na segunda etapa. Que o diga o tornozelo do atacante Dirceu, atingido pelo volante.

— Os jogadores franzinos, como o Dirceu e o Zico, eram quem mais sofriam. O Zico se irritou e levou um cartão amarelo — lembrou o Batista brasileiro.

Nesta altura, o técnico Claudio Coutinho resolveu ampliar seu arsenal de defesa contra os argentinos. Sacou Rodrigues Neto da lateral-esquerda e pôs Edinho. Uma das atribuições que o então zagueiro do Fluminense recebeu foi exatamente dar um jeito em Luque.

— Assim que entrei, dei logo duas pregadas nele. Só aí que se aquietou — disse.

À medida que o jogo foi se aproximando do fim, as pancadas foram diminuindo. E o Brasil, enfim, pôde mostrar o seu melhor futebol. A seleção teve a vitória nos pés de Roberto Dinamite. Após receber lançamento, ele entrou na área cara a cara com Filliol, mas acertou a bola nas pernas do goleiro argentino.
No fim, inusitadamente, os jogadores trocaram camisas e apertos de mão. Tudo indicava que o Brasil iria para a decisão. Mas havia o Peru no meio do caminho... E a Argentina fez 6 a 0.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

DECRETO à VIDA TODA E EM ESPECIAL PARA ESSE FIM DE SEMANA!

ESTOU SEMPRE BEM
SIGO NA VIDA CADA VEZ MELHOR
SOU INDESTRUTÍVEL
A ALEGRIA É O MEU ESCUDO
A FIBRA É A MINHA ESPADA
O PENSAMENTÓ É A MINHA ALMA
SOU VIGOROSO
SOU INVENCÍVEL
SOU RÁPIDO, PROFUNDO, INFALÍVEL
BUSCO A PERFEIÇÃO INTERNA
SOU UMA PARTE DA LUZ
O BEM AMDADO MIGUEL ARCANJO ESTÁ COMIGO
EU AMO A VIDA
A VIDA É A MINHA GRANDE AMIGA!
VENCEMOS JUNTOS!

Finalmente um GRAFITE que não é do tema HIP HOP


Serei feliz , bem feliz...