quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"o concreto pensado*"


Mais do que falar eu gosto de pensar
mais do que pensar eu gosto de trabalhar com o pensamento
mais do que trabahar como pensamento eu gosto de senti-lo concretamente:
"o concreto pensado", tomo por empréstimo esta expressão de Marx, para
o meu objeto de estudo ganhar forma e sentido paupável:
para buscar sentidos fora da racionalidade dura, fria, reproduzida,
instantânea e que permanece,
nas coisas e pessoas que não são coisas...
Mas do que sentir eu gosto de buscar o sentido,
de poder interpretar as coisas através de uma forma de pensar,
compartilhado numa teia o susto e o abuso remoto e presente,
entre homens e mulheres inquietos,
que se tocam através do tempo e do espaço:
decompondo todas as relações de origem, de aceitação, de rebeldia,
de cultura,
de classe,
todas as rupturas e continuidades nesse terreno...
as vezes árido, outras movediço,
nele juntos tentamos produzir frutos.
A minha matéria para pensar, sentir, trabalhar e viver socialmente
MESMO
é a história.
Com ela durmo e acordo todos os dias,
de manhã tomamos café
e saímos para
observar as
tais coisas
de que falei...
e agir.
É exatamente assim,
caso queira uma lógica
para saber do que sou feito.


Eduardo Affonso.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

JUSTO RECONHECIMENTO, PORÉM...




Uma certa falta de consciência do poder

no dia da Consciência negra


A estátua inaugurada dia 20 de novembro último, do lendário João Cândido, o almirante negro, cantado na canção de Aldir Blanc e João Bosco pela voz maravilhosa de Elis, está no lugar errado. Lula e Edson Santos deveriam ter posto a estátua em frente ao MUSEU DA MARINHA, que também fica na Praça XV. A importância dos simbolos não foi levada a sério. Cândido deveria ser exaltado como um herói vivo e não colocado num canto. A estátua está extamente perto da marternidade e lado da saída da barca para Paquetá, onde ninguém a vê. Não foi á toa que quando perguntei sábado(22/11) de manhã para o guarda municipal, ele não sabia onde ela ficava. Nem a Marinha quer saber. Nem precisava ser lembrada pelo jeito.

EA


22/11: 1910 - A Revolta da Chibata


Jornal do Brasil: Marinheiros exigem fim dos maus-tratos

O estopim da Revolta da Chibata foi o castigo de 250 açoites sofrido por um marinheiro. A punição como de costume ocorreu na presença dos outros marujos. O marinheiro desmaiou enquanto apanhava, mas seu algoz continuou a bater-lhe. O fato aconteceu no encouraçado Minas Gerais, que navegava em direção ao Rio de Janeiro. Os revoltosos mataram o comandante do navio de guerra e mais cinco oficiais, que resistiram. Já na Baía de Guanabara, outros marujos assumiram o controle dos navios São Paulo, Bahia e Deodoro. Dois mil marinheiros aderiram à revolta, que exigia o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para os amotinados.

Para espanto dos oficiais, os marinheiros mostraram que sabiam manobrar as modernas embarcações com perícia e habilidade.

Na manhã do dia 23 de novembro, sob a liderança do marinheiro de primeira classe João Cândido Felisberto e com redação de Francisco Dias Martins, foi enviado um ultimato ao governo:
" (...) Queremos a resposta já e já. Caso não a tenhamos, bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem."

A Marinha esboçou um ataque com dois navios menores, que foram rechaçados pelos revoltosos. Os marujos deram tiros de advertência contra o Palácio do Catete, sede do Poder Executivo, e contra a Ilha das Cobras. Encurralado, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar as exigências dos rebeldes. Os marinheiros confiaram na palavra do presidente, mas foram traídos por ele. Depois de entregarem as armas e abandonarem os navios, foram expulsos da Marinha. No dia 4 de dezembro, houve novo motim, dessa vez na Ilha das Cobras. A revolta foi reprimida com rigor.

O Almirante Negro na Inglaterra

A idéia de fazer um movimento que acabasse com os maus-tratos na Marinha brasileira surgiu dois anos antes de eclodir a Revolta da Chibata, quando o marinheiro João Cândido viajou para a Inglaterra para acompanhar a construção do encouraçado Minas Gerais. Lá, João Cândido e outros marujos, participaram de reuniões sindicais dos marinheiros ingleses e tomaram conhecimento do motim dos marinheiros do encouraçado russo Potemkin, ocorrido em 1905, motivado pela má alimentação a bordo.

como represália por ter liderado o levante dos marinheiros, João Cândido foi expulso da Marinha, e morreu pobre, em 1969, como carregador de peixes do Porto do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Bo bo thanh phong khoi"




A expressão é vietinamita e quer dizer "cada passo é uma brisa que nasce" . Foi justamente a expressão que surgiu após uma momento de aborrecimmento, quando abri ao acaso o livro MEDITAÇÃO ANDANDO-GUIA PARA A PAZ INTERIOR, autoria de THICH NHAT HANH. A tradução é de ODETE LARA, feita para EDITORA VOZES . O ENGRAÇADO É QUE ANDAVA ESQUECIDO DESSE LIVRO uma edição de 1986.



A mensagem da pagina 31 é literalmente esta:



"Na entrada da sala de meditação e um certo tempo Zen existe uma grande pedra com a seguinte inscrição: ""Bo bo thanh phong khoi", que quer dizer: "cada passo é uma brisa que nasce". Que beleza de verdade isso contém! A fresca brisa é a experiência de paz e liberdade que, soprando apaga o ardor dos sofrimentos em nosso ciclo de nascimento e morte, trazendo alegria e liberdade para a nossa vida!"


"MEU CARO AMIGO, VOCÊ NÃO QUER CAMINHAR DESSE JEITO PELO BEM DO NOSSO MUNDO"

p.s; Acabo de me sentir um elefante nas nuvens. Assim como a imagem acima, que é de um cartaz russo da ROSTA. A primeira imagem, também um cartaz, à esquerda está o monge-POETA vietinamita, ao lado de Gandhi e madre Tereza de Calcutá. Quem desejar procure o livro para uso em situações da vida, que não precise dele como nesta minha situação aborrecida. Desejo que o acaso abra as melhores páginas de cada um de nós nesta noite.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

UM CONVITE

O meu amigo ALê SOUTO está nessa!
É nesta terça no IAB.



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Leve pessoa humana




Somente agora abri o e-mail enviado ontem dando conta da passagem dela. Soube da notícia desse modo e fiquei muito chocado. Lembrei de nossas conversas, áquela época que ela se afastou do trabalho. Teve seus motivos. Entendo agora a seriedade da situação que ela me passou. O caso do coração. Pudera tIvéssemos uma chance de trabalhar juntos mais uma vez! É o que o meu coração pode dizer nesta hora. Pois ela acreditava no meu trabalho. Sabia da necessidade de não abrir mão dele. Realizava com facilidade o trabalho de cativar. Um coração excelente. Uma pessoa que tive muito pouca chance para produzir lado a lado. Uma pena. Ultimamente vivia me enviando piadas. Elas chegavam sempre em boa certa. Hora dessas que não contava que cessariam. Bem-amados anjos estão contigo. Leve pessoa humana. Dessas que passam como a chuva em meio a aridez desse tempo. Onde já não nascem tantas flôres de indelével perfume. Edu, suavemente, era assim que você me chamava. Palavras, para que mesmo servem? Essas são para lembrá-la. Devem ser lidas no mais completo e respeitoso silêncio. Como uma homenagem a você, querida AMIGA Marta.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

MAIAKOVSKI PELO CAMINHO...



"Conheceis o francês,
sabeis dividir,
mulltiplicar,
declinar com perfeição.
Pois declinai!
Mas sabeis por acaso

cantar em dueto com edifícios?


M a i a k o v ski
- sem títiulo
poema retirado de um mural universitário

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

NÓS TAMBÉM ACORDAREMOS!


Um aviso necessário:

Uma coisa é a história dos EUA como um país que tem se intitulado o dono do mundo. Basta que se leia o "Destino Manifesto" e as Doutrinas geradas lá. AO LONGO DA TRAJETÓRIA dos EUA, esse país intervém no destino de muitas nações. Mas algo está MUDANDO e vai MUDAR mais ainda. Esse é o mote do futuro presidente deles, que assumirá o cargo na pior crise econômica pós- 29. O rearanjo do capitalismo será necessário, porque essa crise bateu à porta dos americanos, da grande classe média deles. Está batendo como na Grande Depressão em todos os setores da economia americana. Espera-se que novos clássicos da literatura não precisem mais nascer como em "As Vinhas da Ira",de,John Steinbeck(publicado em 1939). 1929 gestou grandes poetas que atravessaram o país, transpassando agruras por todos os lados e relatando-as. Um entre eles ainda vive, espera por uma AMÉRICA MAIS HUMANA. Como é o caso de Ferllinguett, grande crítico dos governos desastrosos do clã dos Buchs. Obama traz essa mensagem. A mensagem de uma nova renascença vista pela poesia. Num discurso emocionate aponta agora, NÓS PODEMOS!. Em Berlim, meses antes, ele também apontava à direção. "Temos agora um líder mundial". Alguém que parece disposto a negociar diante das imensas contradições geradas pelo país dominante, mas que tem uma nova fala e comando para travar a roda especulativa financeira, dizem os ecos de Chicago. Os sinais indicam o enfrentramento de tubarões e dragões que circulam o mundo da grana fácil, aquela insensível às imensas camadas de necessitados e destruidora do trabalho. SE é isso o que veremos, então, o discurso abaixo fica aqui arquivado para a HISTÓRIA. Além de ser clara., COM A ASCENÇÃO DE OBAMA, a percepção mundiall de estar havendo justiça oriunda da democracia. A democracia tem negado o acesso àqueles que são capazes, que tem caráter, por aqui, abaixo da linha do Equador. Mas como Luther King apontou em outro discurso histórico, "um homem não pode ser medido por sua cor, mas pelo seu caráter". Muitos dos nossos líderes regionais precisam introjetar esse disrcurso para agir. Você ai disse, todos? Não interessa a etnia. Obama nem precisou dela. Tem percepção. TEM APOIO POPULAR e sabe da necessidade de unir uma nação em frangalhos. Um líder retira de dentro das pessoas a esperança delas e a põe em servico, como força para transformar o país. Aqui, esses caras, de caráter duvidoso têm o Pré-sal(quase nas mãos) e parecem que não sabem o sentido da palavra "destino". Nem precisa ser o Destino Manifesto, o deles, já marcou as fronteiras para além do espaço. Precisam imaginar que aqui tem um povo, desconhecem seus sonhos, necessidades. Discutem se irão diminuir o ar condicionado do congresso. Sem comentários. Ao longo da história do Brasil, certas famílias têm sido desastrosas internamente, o tanto quanto os EUA são externamente. Os grupos e frações daqui, certamente são piores historicamente. Pois se ocupam de tudo e não dão colher de chá para a ralé, nós por acaso "OS IMOBILIZADOS". Como deixou escapar um certo candidato, suburbanos, burros... periféricos...Infelizmente não estamos a todo momento ouvindo suas pérolas soltas quando estão desatentos. Lembram do Ricupero? Outro. Seja no Estado, Judiciário, Congresso, Estatais, multis, fazendonas do Agro-negócio, Bancos/bolsas, empresas de comunicação, ... E O ESCAMBÁU DE SEMPRE...Eles estão lá se revesando sem dar bobeira a maior parte do tempo... Se prepararam para o poder pensando qual será o novo casuísmo...quem eles colocarão para dirigir a FALTA DE SAÚDE, A FALTA DE EMPREGO, A FALTA DE EDUCAÇÃO...Um dia nós os retiraremos do lugar. Um longo pesadêlo assombrou a longa noite americana. Um dia nós também acordaremos ao sul. Não haverá populismo para confundir. Nem mais nenhuma ilusão. Podemos?
Eduardo Affonso.
p.s; ...se influenciados pela América de lá, que seja. Mas não podemas mais é esperar. Os quenianos nas ruas, numa cena rara carregaram a bandeira americana de cabeça para baixo.

Leia o discurso completo do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, pronunciado diante de mais de 100 mil pessoas no Grant Park de Chicago (Illinois) por volta das 23h locais (3h, horário de Brasília): 05/11/2008

"Olá, Chicago!

Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta.

É a resposta dada pelas filas que se estenderam ao redor de escolas e igrejas em um número como esta nação jamais viu, pelas pessoas que esperaram três ou quatro horas, muitas delas pela primeira vez em suas vidas, porque achavam que desta vez tinha que ser diferente e que suas vozes poderiam fazer esta diferença.

É a resposta pronunciada por jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, incapacitados ou não-incapacitados.

Americanos que transmitiram ao mundo a mensagem de que nunca fomos simplesmente um conjunto de indivíduos ou um conjunto de estados vermelhos e estados azuis.

Somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América.

É a resposta que conduziu aqueles que durante tanto tempo foram aconselhados por tantos a serem céticos, temerosos e duvidosos sobre o que podemos conseguir para colocar as mãos no arco da História e torcê-lo mais uma vez em direção à esperança de um dia melhor.

Demorou um tempo para chegar, mas esta noite, pelo que fizemos nesta data, nestas eleições, neste momento decisivo, a mudança chegou aos EUA.

Esta noite, recebi um telefonema extraordinariamente cortês do senador McCain.

O senador McCain lutou longa e duramente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e duramente pelo país que ama. Agüentou sacrifícios pelos EUA que sequer podemos imaginar. Todos nos beneficiamos do serviço prestado por este líder valente e abnegado.

Parabenizo a ele e à governadora Palin por tudo o que conseguiram e desejo colaborar com eles para renovar a promessa desta nação durante os próximos meses.

Quero agradecer a meu parceiro nesta viagem, um homem que fez campanha com o coração e que foi o porta-voz de homens e mulheres com os quais cresceu nas ruas de Scranton e com os quais viajava de trem de volta para sua casa em Delaware, o vice-presidente eleito dos EUA, Joe Biden.

E não estaria aqui esta noite sem o apoio incansável de minha melhor amiga durante os últimos 16 anos, a rocha de nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama da nação, Michelle Obama.

Sasha e Malia amo vocês duas mais do que podem imaginar. E vocês ganharam o novo cachorrinho que está indo conosco para a Casa Branca.

Apesar de não estar mais conosco, sei que minha avó está nos vendo, junto com a família que fez de mim o que sou. Sinto falta deles esta noite. Sei que minha dívida com eles é incalculável.

A minha irmã Maya, minha irmã Auma, meus outros irmãos e irmãs, muitíssimo obrigado por todo o apoio que me deram. Sou grato a todos vocês. E a meu diretor de campanha, David Plouffe, o herói não reconhecido desta campanha, que construiu a melhor campanha política, creio eu, da história dos Estados Unidos da América.

A meu estrategista chefe, David Axelrod, que foi um parceiro meu a cada passo do caminho.

À melhor equipe de campanha formada na história da política. Vocês tornaram isto realidade e estou eternamente grato pelo que sacrificaram para conseguir.

Mas, sobretudo, não esquecerei a quem realmente pertence esta vitória. Ela pertence a vocês. Ela pertence a vocês.

Nunca pareci o candidato com mais chances. Não começamos com muito dinheiro nem com muitos apoios. Nossa campanha não foi idealizada nos corredores de Washington. Começou nos quintais de Des Moines e nas salas de Concord e nas varandas de Charleston.

Foi construída pelos trabalhadores e trabalhadoras que recorreram às parcas economias que tinham para doar US$ 5, ou US$ 10 ou US$ 20 à causa.

Ganhou força dos jovens que negaram o mito da apatia de sua geração, que deixaram para trás suas casas e seus familiares por empregos que os trouxeram pouco dinheiro e menos sono.

Ganhou força das pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio gelado e o ardente calor para bater nas portas de desconhecidos, e dos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários e organizaram e demonstraram que, mais de dois séculos depois, um Governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareceu da Terra.

Esta é a vitória de vocês.

Além disso, sei que não fizeram isto só para vencerem as eleições. Sei que não fizeram por mim.

Fizeram porque entenderam a magnitude da tarefa que há pela frente. Enquanto comemoramos esta noite, sabemos que os desafios que nos trará o dia de amanhã são os maiores de nossas vidas - duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira em um século.

Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos valentes que acordam nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para dar a vida por nós.

Há mães e pais que passarão noites em claro depois que as crianças dormirem e se perguntarão como pagarão a hipoteca ou as faturas médicas ou como economizarão o suficiente para a educação universitária de seus filhos.

Há novas fontes de energia para serem aproveitadas, novos postos de trabalho para serem criados, novas escolas para serem construídas e ameaças para serem enfrentadas, alianças para serem reparadas.

O caminho pela frente será longo. A subida será íngreme. Pode ser que não consigamos em um ano nem em um mandato. No entanto, EUA, nunca estive tão esperançoso como estou esta noite de que chegaremos.

Prometo a vocês que nós, como povo, conseguiremos.
Haverá percalços e passos em falso. Muitos não estarão de acordo com cada decisão ou política minha quando assumir a presidência. E sabemos que o Governo não pode resolver todos os problemas.

Mas, sempre serei sincero com vocês sobre os desafios que nos afrontam. Ouvirei a vocês, principalmente quando discordarmos. E, sobretudo, pedirei a vocês que participem do trabalho de reconstruir esta nação, da única forma como foi feita nos EUA durante 221 anos, bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada sobre mão calejada.

O que começou há 21 meses em pleno inverno não pode acabar nesta noite de outono.

Esta vitória em si não é a mudança que buscamos. É só a oportunidade para que façamos esta mudança. E isto não pode acontecer se voltarmos a como era antes. Não pode acontecer sem vocês, sem um novo espírito de sacrifício.

Portanto façamos um pedido a um novo espírito do patriotismo, de responsabilidade, em que cada um se ajuda e trabalha mais e se preocupa não só com si próprio, mas um com o outro.

Lembremos que, se esta crise financeira nos ensinou algo, é que não pode haver uma Wall Street (setor financeiro) próspera enquanto a Main Street (comércio ambulante) sofre.

Neste país, avançamos ou fracassamos como uma só nação, como um só povo. Resistamos à tentação de recair no partidarismo, na mesquinharia e na imaturidade que intoxicaram nossa vida política há tanto tempo.

Lembremos que foi um homem deste estado que levou pela primeira vez a bandeira do Partido Republicano à Casa Branca, um partido fundado sobre os valores da auto-suficiência e da liberdade do indivíduo e da união nacional.

Estes são valores que todos compartilhamos. E enquanto o Partido Democrata conquistou uma grande vitória esta noite, fazemos com certa humildade e a determinação para curar as divisões que impediram nosso progresso.

Como disse Lincoln a uma nação muito mais dividida que a nossa, não somos inimigos, mas amigos. Embora as paixões os tenham colocado sob tensão, não devem romper nossos laços de afeto.

E àqueles americanos cujo apoio eu ainda devo conquistar, pode ser que eu não tenha conquistado seu voto hoje, mas ouço suas vozes. Preciso de sua ajuda e também serei seu presidente.

E a todos aqueles que nos vêem esta noite além de nossas fronteiras, em Parlamentos e palácios, a aqueles que se reúnem ao redor dos rádios nos cantos esquecidos do mundo, nossas histórias são diferentes, mas nosso destino é comum e começa um novo amanhecer de liderança americana.

A aqueles que pretendem destruir o mundo: vamos vencê-los. A aqueles que buscam a paz e a segurança: apoiamo-nos.

E a aqueles que se perguntam se o farol dos EUA ainda ilumina tão fortemente: esta noite demonstramos mais uma vez que a força autêntica de nossa nação vem não do poderio de nossas armas nem da magnitude de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e firme esperança.

Lá está a verdadeira genialidade dos EUA: que o país pode mudar. Nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já conseguimos nos dá esperança sobre o que podemos e temos que conseguir amanhã.

Estas eleições contaram com muitos inícios e muitas histórias que serão contadas durante séculos. Mas uma que tenho em mente esta noite é a de uma mulher que votou em Atlanta.

Ela se parece muito com outros que fizeram fila para fazer com que sua voz seja ouvida nestas eleições, exceto por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.

Nasceu apenas uma geração depois da escravidão, em uma era em que não havia automóveis nas estradas nem aviões nos céus, quando alguém como ela não podia votar por dois motivos - por ser mulher e pela cor de sua pele.

Esta noite penso em tudo o que ela viu durante seu século nos EUA - a desolação e a esperança, a luta e o progresso, às vezes em que nos disseram que não podíamos e as pessoas que se esforçaram para continuar em frente com esta crença americana: Podemos.

Em uma época em que as vozes das mulheres foram silenciadas e suas esperanças descartadas, ela sobreviveu para vê-las serem erguidas, expressarem-se e estenderem a mão para votar. Podemos.

Quando havia desespero e uma depressão ao longo do país, ela viu como uma nação conquistou o próprio medo com uma nova proposta, novos empregos e um novo sentido de propósitos comuns. Podemos.

Quando as bombas caíram sobre nosso porto e a tirania ameaçou ao mundo, ela estava ali para testemunhar como uma geração respondeu com grandeza e a democracia foi salva. Podemos.

Ela estava lá pelos ônibus de Montgomery, pelas mangueiras de irrigação em Birmingham, por uma ponte em Selma e por um pregador de Atlanta que disse a um povo: "Superaremos". Podemos.

O homem chegou à lua, um muro caiu em Berlim e um mundo se interligou através de nossa ciência e imaginação.

E este ano, nestas eleições, ela tocou uma tela com o dedo e votou, porque após 106 anos nos EUA, durante os melhores e piores tempos, ela sabe como os EUA podem mudar.

Podemos.

EUA avançamos muito. Vimos muito. Mas há muito mais por fazer. Portanto, esta noite vamos nos perguntar se nossos filhos viverão para ver o próximo século, se minhas filhas terão tanta sorte para viver tanto tempo quanto Ann Nixon Cooper, que mudança virá? Que progresso faremos?

Esta é nossa oportunidade de responder a esta chamada. Este é o nosso momento. Esta é nossa vez.

Para dar emprego a nosso povo e abrir as portas da oportunidade para nossas crianças, para restaurar a prosperidade e fomentar a causa da paz, para recuperar o sonho americano e reafirmar esta verdade fundamental, que, de muitos, somos um, que enquanto respirarmos, temos esperança.

E quando nos encontrarmos com o ceticismo e as dúvidas, e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com esta crença eterna que resume o espírito de um povo: Podemos.

Obrigado. Que Deus os abençoe. E que Deus abençoe os Estados Unidos da América".

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uma Experiência fascinante!


Ao completar pouco mais de 1 ano da ÚLTIMA BIENAL DO RIO, onde tive a oportunidade de trabalhar no stand do IMS- Institito Moreira Sales, não me custou recordar esse curto período de maravilhosas lembranças quando pegava a barca sábado em direção a UFF.
Logo me peguei rindo de situações acontecidas durante o evento. a MINHA EXPERIÊNCIA BREVE COMO VENDEDOR DE LIVROS,

foi completa em todos os sentidos. Assisti a palestra "O AMOR LÍQUIDO", com Bernardo Ajzenberg, revi velhos fotógrafos e jornalistas do tempo de JB, amigos professores, CONVERSEI com escritores que admiro, como a Lígia Fangundes Telles e ainda ganhei dinheiro ao lado de companheiros de trabalho de alto nível profIssional. Ainda assim, marcou a presença da filha de Ferreira Gullar que deu boas gargalhadas quando contei-lhe uma história relacionada ao pai dela. História que fui protagosnista há mais de 20 anos .
Era tempo de JB e eu costumava escapar até a Livraria Leonardo Da VINCI. Lá sob o olhar carinhoso da intalianíssima Dona Vana, ficava um bom tempo tomando café com run e consultando as minhas fontes. NA MAIOR TEMPO ERA DE POESIA MESMO. Um dia me aparace por lá o Ferreira Gullar(quase todos os dias eu o via pelo centro onde ele trabalhava na Folha). Nesse dia, eu estava duríssimo! O salário do jornal era razoável para mensageiros, mas... ...enfim,queria comprar um livro para o Gullar autografar, ali no lugar eu passava parte do meu expediente. Contei as moedas e corri para estante de poesia, estava tudo muito caro para o momento. Saquei da estante o Aunque(Ainda) do Neruda, por 2, 90 cruzeiros convertidos
para o valor de hoje. Era uma edição bilingüe, que o Neruda escrevera quando embaixador na Espanha. Estava a preço de banana! Ou como sempre acontecia... alguém esquecera de remarcar o preço...Eu era craque em encontrar essas facilidades.
Cheguei perto do Gullar e disparei: -"poeta não tenho dinheiro para comprar o seu livro, mas tenho esse aqui do Neruda, que é um companheiro muito parecido com o senhor". Ele ficou me olhando... O Jorge que trabalhava por lá, a essa altura gargalhava... ANTES QUE O POETA PUDESSE DIZER NÃO, ESTIQUEI O LIVRO E ELE AUTOGRAFOU confessadamente meio sem jeito.
Ao final da Bienal, a filha dele contou a história que ele não se lembrava. Ele riu. Gullar apareceu para ser entrevistado pelo Claufe Rodrigues nessa mesma BIENAL. Quem foi lá divulgar a obra dele editada pelo IMS? Eu. Eu dei uma grande abraço no poeta,admirável, que muito me influenciou. Levei um novo autógrafo, agora, já na Edição do CADERNOS de LITERATURA do IMS. Preço que paguei com desconto e um prazer incontível dentro do peito... desses de quem tem uma boa história para contar. A vida é feita delas. Também de situações que nos auxiliam a viver sempre de bem com ela.
Eduardo Affonso.

UMA EXPLICAÇÃO INTERESSANTE SOBRE A ALMA NO JORNAL DE HOJE



Gosto do céu porque não creio que ele seja infinito.

Que pode ter comigo o que não começa nem acaba?

Não creio no infinito, não creio na eternidade.

Creio que o espaço começa algures e algures acaba

E que longe e atrás disso há absolutamente nada.

Creio que o tempo tem um princípio e terá um fim.

E que antes e depois disso não havia tempo.

Porque há-de ser isto falso? Falso é falar de infinitos.

Como se soubéssemos o que são de os podermos entender.

Não: tudo é uma quantidade de cousas.

Tudo é definido, tudo é limitado, tudo é cousas.

Alberto Caeiro: 'uma das almas de Pessoa"


Há algum tempo passado, bota tempo nisso, andei frequentando a SOCIEDADE TEOSÓFICA. Fui levado pelo Mansur, um cara de coração imenso, que era da Rádio cidade e me parece que agora anda pela FM O Dia. Depois de andar por lá assistindo palestras sobre raças(etnia é outra coisa)nunca mais retornei ao lugar. Pouco mais tarde, após comprar a coleção das obras completas de Fernando Pessoa, de 3 volumes, aquela fantástica edição da Aguillar feita em papel bíblia com capa dura e letras da capa "em ouro", que inclue estudos sobre a metafísica. Constatei que o poeta andou pela Sociedade Teosófica portuguesa. De vez em quando sou tomado por algo surpereendente lendo esses textos. Passados 20 anos quase exatos, abri o jornal hoje e li UMA EXPLICAÇÃO INTERESSANTE SOBRE A ALMA, de lá da Sociedade Teosófica. Está reproduzida abaixo assinado por Dr. J. Moreira para quem se interessar... Como dizia o própria figura do Pessoa: "tudo vale a pena se a alma não é pequena". A expressão já se encontrou até em música do Pedro Luiz e a Parede, que gosto. Mas o que será essa grandeza ou pequenes da nossa alma? Como ela se constitui e de que forma sai da Roda de Sânsara(das reencarnações)? Enfim, a gente pode começar a investigar o assunto por um olhar, que não é o único, mas é um começo para trilhar o conhecimento sobre o assunto...razoalvelmente equilibrado de emoção e razão... Não vou discutir racionalidade, ciência e nem reserva de conhecimento acadêmico...e nem sei porque a PSICOLOGIA veio parar aqui no título... é bem verdadeque o autor do artigo fala de personalidades... Quem sabe para lembrar Freud, que fala de alma do seu jeito...com imbriçações mentais profundas. meandros e matizes...
EA

JORNAL "O Dia" DO HOJE...
UMA PUBLICAÇÃO INTERESSANTE SOBRE A ALMA.

P s i c o l o g i a e T e o s o f i a

A ligação da lama com a terra se faz po meio da personalidade. A própria alma a constrói, para por seu intermédio, poder descer aos mundos inferiores e, embora limitada, ir pouco a pouco se libertando , enriquecida de qualidades e poderes próprios. Neste esforço contínuo através da personalidade, constituída dos corpos físico, emocional ou astral e mental, a alma vai adquirindo um valor próprio e realizando o objetivo máximo, que é o de se tornar auto-consciente dos atributros divinos que lhe são inerentes.
Nas encarnações sucessivas em que a alma toma corpos mortais, isto é, corpos que se desintegram encarnação após encarnação, ela é atraída para a terra, e isto só deixa de acontecer quando toda a ligação ou todo o karma acumulado pela personalidade nas múltiplas existências tiver desaparecido ou sido esgotado.

P.s; endereço do autor
SOCIEDADE TEOSÓFICA -Av 13 de Maio 13 sala 1520.
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domingo, 2 de novembro de 2008

O UM de ROBERTO MAGALHÃES


“UM PRESENTE PARA OS AMIGOS



Ainda impactado pelo texto O UM, me recuso a tecer qualquer comentário. Copiei-o da Exposição que está na CAIXA-galeria 3 até 30 de Novembro para que todos pudessem ter acesso a ele. Roberto MAGALHÃES É MUITO CONHECIDO, MAS QUEM AINDA NÃO O CONHECE E QUER CONHECÊ-LO, ANTES DE VER O TEXTO NO ORIGINAL NA EXPOSIÇÃO, PODE VISITAR A WEB DELE www.robertomagalhaes.art.br
saudações...

O UM
Roberto Magalhães

Só existe o Um. Nada mais existe sem ser o Um. Todas as coisas que existem estão no Um. Dele fazem parte, tão inseparáveis como Ele próprio É. Saem e para Ele existem, desde o princípio até o fim de todo os tempos incontáveis, assim como era, é e será. Tudo significa uma só coisa, apesar de vos parecer muitas. Todas elas nada mais são do que si próprias existindo, porque não existe outra maneira de ser sem existir. O UM é o único visível e palpável, assim como é o único invisível e impalpável. Ele independe de diferenciações, e é por isso que não existe outra manifestação que não seja Ele próprio. O UM sempre foi desde o início dos tempos eternos para continuar sendo ele próprio, independente de modificações. O UM inicia perpetuamente aquilo que sempre jaz e termina aquilo que infinitamente é, sem nunca terminar, por nunca ter começado. É Ele mesmo, sendo sempre o início de todos os começos o fim eternamente adiado. Não existe manifestações no UM, nem aquele que se poderá dele sem encontrá-lo em todas as partes e em todas as ocasiões. O UM não perpetua em nenhum mar, por mais que profundamente imaginário que seja, nem rola pelos éteres visíveis pelo olhar da águia que habita no topo da cabeça das preciosidades da criação. Não é explicado por inteligências nem intuídos por compreensões , mas permanece em si mesmo na irracionalidade de todas as concepções. O um é a primeira e última observação d candidato à inexistência. Sem contemplação do Um nada existe, assim como a realidade.
Somaremos o UM ao Um? Deveremos nos dividir? Qual o motivo que leva os homens a si multiplicarem? Deveremos nos iludir e que + ÷ e x são diferentes do próprio UM? Será a ilusão a razão de tudo que vive?Por que saímos do UM e ingressarmos em mitos? Será bom será ruim?
A dúvida que gera o princípio e o princípio significa ação e ação leva consigo a conseqüência da continuidade. E is aqui a palavras que roda a roda de todas as engrenagens. E gera todos os motivos Se permanecermos no lugar intocável, não agiremos jamais e contemplaremos tudo como a água infiltrada na terra. Entretanto, o pensamento separa, e oferecemos dádivas como uma planta comestível. Diga o que quiseres e darei a você aquilo que necessitas, porque sou o nada que habita em tudo. Nutra-se das folhas que de mim brotam, enquanto, separado, acreditas na existência dela. Não esqueça disso , aquele que em dirijo.Não esqueça jamais de que quem VIVE, inexiste. Quem inexiste VIVE. Não esqueça também de agir sempre pois ua vida se origina daquelas que dela desfrutam, porque nada que esteja vivo prescinde do CRIADOR.