| mostrar detalhes 28/11/08 |
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O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola. A declaração foi feita através de nota oficial divulgada pelo Itamarati um dia antes da cerimônia de posse do novo governo, instalado na capital, Luanda. O ministro Ovídio de Mello, embaixador especial do Brasil em Angola, foi credenciado para representar o presidente Ernesto Geisel na solenidade. O chefe de Estado brasileiro foi o único das Américas convidado pelo presidente Agostinho Neto, que liderara o Movimento pela Libertação de Angola (MPLA).
O comunicado do Itamarati declarava também a posição do Brasil de não interferir nos assuntos internos do novo estado independente, o que equivale a não tomar partido nas disputas pelo poder entre os três principais grupos nacionalistas armados: o MPLA, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para Independência Total de Angola (Unita).
Portugal não teria reconhecido a autonomia política de sua ex-colônia porque cerca de 250 mil portugueses ainda moravam em regiões dominadas por guerrilheiros inimigos do MPLA, que tomou o poder.
Depois de proclamada a independência, eclodiu a guerra civil, que devastou o país. Holden Roberto, líder do FNLA, juntou-se a Jonas Savimbi, da Unita. Ambos recebiam apoio militar dos Estados Unidos e da África do Sul, enquanto o MPLA, de Agostinho Neto, era ajudado por armas soviéticas e tropas cubanas. O conflito só terminou em 2002, com a morte do líder de Savimbi. O acordo de paz foi assinado e Angola retomou o crescimento. O país é um dos mais extensos da África, fica na Costa Ocidental do continente, e tem petróleo, diamantes e forte agricultura.
Eleições livres depois de 16 anos
Os angolanos votaram pela primeira vez desde 1992, para formar um novo parlamento, no início de setembro deste ano. Segundo observadores da União Africana, não houve registro de intimidações ou fraudes. O MPLA, partido do presidente José Eduardo Santos, venceu as eleições parlamentares com 82% dos votos contra 10,5 %. A Unita, principal partido de oposição, aceitou a derrota e parabenizou o vencedor José Eduardo Santos assumiu a presidência em 1979 depois da morte de Agostinho Neto, o presidente-poeta, que buscava eliminar divisões étnicas no país.
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